1ª Nota importante: Este é um texto atípico neste blogue, uma vez que o traço humorístico é a sua principal característica.
2ª Nota importante: Queremos agradecer à Escola Fedorentística, em particular ao R.A.P. e ao J.D.Q. pela inspiração.
3ª Nota importante: Este texto requer toda a sua atenção. Por isso feche todas as outras janelas da Internet que estejam abertas, excepto aquelas onde está a ver aquelas moças bem roliças. Essas não interferem.
4ª Nota importante: As notas não são assim tão importantes e podia ter começado logo a ler o texto.
O Texto
Portugal inteiro anda a falar de um certo livro; bom, não é bem Portugal inteiro, mas talvez aí umas 100 pessoas; ou talvez 50; bom… Eu e a minha mãe andamos a falar de um livro cujo título é “Reflexos do Espírito e da Matéria (ou do Buda, ou lá o que é)”.
Por acaso até fui eu que o escrevi.
Contudo, tenho de fazer desde já aqui um parêntese. De facto, não escrevi livro nenhum. Isto é, se alguém pensar que me sentei à secretária e disse “vou escrever um livro e tal”, e comecei a fazê-lo, isto não corresponde à verdade. A verdade é que reuni uma série de textos que foram seleccionados como sendo os menos maus, daqueles que escrevi ao longo de 5 anos, para um periódico chamado Lusophia.
Será interessante referir que muitos até foram escritos porque fui obrigado a fazê-lo. Interessante, também, seria encomendar um estudo a uma Universidade americana (uma vez que cá não temos pessoal qualificado para o fazer), que analisasse os textos, para saber quais tinham sido escritos por vontade própria, e quais tinham sido escritos por obrigação. No entanto, trata-se de um estudo totalmente inviável, pois iria necessitar de um enormíssimo rol de recursos humanos, cujo preço seria impraticável, mesmo para a América.
Mas por falar em obrigação, lembrei-me agora da quantidade de coisas que somos obrigados a fazer:
Somos obrigados a ir para a cama quando estamos a gostar tanto de ver o filme…
Somos obrigados a acordar de manhã quando estamos cheios de sono (devíamos ter ido para a cama mais cedo, pensamos. Ah, sim, estivemos a ver o filme, do qual nem vimos o fim, pois adormecemos entretanto)…
Somos obrigados a ir trabalhar e a enfrentar o trânsito quando preferíamos ir à praia…
Somos obrigados a sorrir para o nosso chefe ou patrão quando preferíamos esganá-lo…
Somos obrigados a sorrir para os clientes ou para os colegas quando preferíamos estar a sorrir para duas louras suecas, numa praia paradisíaca…
A obrigação é de facto aborrecida e é por ela que os putos ficam a detestar os Lusíadas e o Pessoa!
Assim, temos que aprender a lidar com a “obrigação” ou teremos de aprender a lidar com a “depressão” (não sei se isto é bem assim, mas pelo menos rimou).
Com isto, nem cheguei a referir muito o livro. Pelos vistos já só mesmo a minha mãe é que anda a falar dele… Talvez lhe peça para ela deixar aqui um post.