começava a parecer mal contar com o meu nome na barra lateral e nada postar, verbo metido à bruta pelos bloggers no léxico cá da terra, eu posto, tu postas, ele posta, só o vieira é que não postava, por manifesta preguiça aguda. ou mesmo pela obsessão que o tipo tem pelo seu próprio blogue, misto de atitude umbiguista e... como é que se diz em termos técnicos? ah, parvoíce. por falar em defeitos, traz-me aqui uma leitura que fiz já há umas semanas, leitura essa realizada em grande parte encostado a um ancoradouro de pedra em cacilhas – I luve ya margem sul – e aponto à questão dos defeitos, ou pontos fracos, como soi dizer-se entre os defensores das análises swot, pelo facto de o autor ser brasileiro. e judeu, ainda por cima. e médico, ou seja feiticeiro, porque como se sabe médico no brasil só se for a esmagar plantinhas na amazónia para dar a emborcar aos índios do xingu e aos narcotraficantes lançados de helicóptero pelas máfias rivais. houve muita gente queimada por menos do que isto. e isto, que tem a ver com literatura? tudo. ou melhor, tem tanto a ver com literatura como o título do livro em apreço tem a ver com o seu conteúdo. a orelha de van gogh é um livro de contos. soturno, mordaz, ácido, como eu gosto. o conto que dá título ao livro não é dos mais interessantes embora meta ao barulho uma falsa orelha de celebridade encarquilhada em formol e eu para petisco até prefiro outros acepipes. seja como for, gostei imenso do moacyr e dos seus relatos, são um bálsamo para o meu universo particular, amigo do negrume e do sorriso desconcertante. além disso o autor escreve com a fluidez e o desprendimento que são apanágio da rapaziada de vera cruz [e penso tratar-se da primeira vez que se escreve apanágio neste blogue], impensáveis para os criadores em língua portuguesa que estão aqui no nosso rectângulo; aliás, como se sabe, para se ser escritor em portugal é necessário ser-se deprimido, falar de pechichés e sonhar com lutas no mato apimentadas por turras. ou gostar muito de sofrer. horrores. ou de escrever com o coração, sem se perceber que isso é uma chafurdice tremenda. para cardiotorácica basta-me a escrita cirúrgica do doutor scliar. o livro abre com um monumental conto em que uma família rural enfrenta as pragas do egipto, aquelas mesmas do antigo testamento. não a poluição das pirâmides, os souvenirs medonhos ou a condução anárquica do cairo. um mimo. não me perguntem por gramáticas, complementos, sufixos e figuras de estilo. limito-me a definir a orelha de van gogh em duas palavras: gostei. oops.
terça-feira, 30 de outubro de 2007
a minha estreia
Analisado por pedro vieira às 23:12 1 comentários
Forrageou ou não?
Primeira frase do romance Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez:
«Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que o seu pai o levou para conhecer o gelo.»
Primeira frase do romance Rio das Flores, de Miguel Sousa Tavares:
«Diogo Ascêncio Cortes Ribera Flores – conforme constava do seu registo de baptismo – tinha quinze anos de idade quando o pai o levou pela primeira vez a ver uma tourada.»Também se faz a mesma pergunta aqui e a devida vénia a José Mario Silva.
Analisado por Luís Daehnhardt às 22:13 1 comentários
domingo, 21 de outubro de 2007
Gabriel García Márquez comemora 25 anos do Prémio Nobel
A 21 de Outubro de 1982, a Academia Sueca anunciava que o escritor premiado naquele ano era García Márquez, principal representante do «boom» da América Latina e o maior divulgador do realismo mágico na narrativa hispano-americana.
García Márquez era quem receberia o prémio em Dezembro, em Estocolmo.
O nome do colombiano mais conhecido e o único a receber um Nobel já tinha surgido entre os favoritos da Academia Sueca, tendo como concorrentes o britânico Graham Greene e o alemão Günther Grass.
O aniversário das bodas de prata do prémio soma-se aos 80 anos, completados a 6 de Março, num 2007 cheio de comemorações.
Fonte: sapo.pt (21-10-2007)
Analisado por Luís Daehnhardt às 18:14 1 comentários
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
O Perdão dos Templarios
(da responsabilidade da Editora Zéfiro)
Sendo o resultado de um projecto inédito, a nível mundial, da editora Zéfiro, este livro toma como ponto de partida o Pergaminho de Chinon, um manuscrito encontrado na Biblioteca Secreta do Vaticano em 2001, e que indicia um "perdão secreto" dado aos templários pela Igreja, em 1308 - um ano após a perseguição feita aos cavaleiros. O manuscrito foi transcrito e traduzido pela Drª Filipa Roldão e a Drª Joana Serafim, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, directamente a partir do documento original, em latim medieval. A sua tradução, bem como a transcrição, são publicadas pela primeira vez na língua portuguesa. No interior da obra encontra-se uma cópia a cores da frente e verso do Pergaminho de Chinon.
O conteúdo do pergaminho foi alvo de um estudo atento e meticuloso de Pinharanda Gomes - renomado pensador e investigador português - que aborda um presumível perdão concedido aos templários na «inquirição de Chinon», o Concílio de Viena de França, a Bula Vox in Excelso e a revisão do processo dos cavaleiros do Templo.
Título: O Perdão dos Templários
Autores: Alexandre Gabriel, Eduardo Amarante, José Medeiros, Luís-Carlos Silva, Pinharanda Gomes, Rainer Daehnhardt, Sérgio Sousa-Rodrigues
Editora: Zéfiro
Dimensão: 17 x 24 cm
Nº de págs.: 274
ISBN: 972-8958-22-6
P.V.P. C/ IVA: 23,75 €
P.V.P. Sem IVA: 22,62 €
Colecção: Arquivos da Cavalaria
Categoria: Templários
Analisado por Luís Daehnhardt às 02:05 0 comentários
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Lançamento de Livro
O lançamento deste livro é acompanhado por um programa de actividades que visam assinalar a data e prestar homenagem a estes Cavaleiros que mudaram a face da Europa (e do Mundo) medieval.
O programa pode ser consultado aqui.
Analisado por Luís Daehnhardt às 11:41 0 comentários
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Paul Auster
Analisado por Luís Daehnhardt às 10:51 1 comentários