terça-feira, 30 de outubro de 2007

a minha estreia


começava a parecer mal contar com o meu nome na barra lateral e nada postar, verbo metido à bruta pelos bloggers no léxico cá da terra, eu posto, tu postas, ele posta, só o vieira é que não postava, por manifesta preguiça aguda. ou mesmo pela obsessão que o tipo tem pelo seu próprio blogue, misto de atitude umbiguista e... como é que se diz em termos técnicos? ah, parvoíce. por falar em defeitos, traz-me aqui uma leitura que fiz já há umas semanas, leitura essa realizada em grande parte encostado a um ancoradouro de pedra em cacilhas – I luve ya margem sul – e aponto à questão dos defeitos, ou pontos fracos, como soi dizer-se entre os defensores das análises swot, pelo facto de o autor ser brasileiro. e judeu, ainda por cima. e médico, ou seja feiticeiro, porque como se sabe médico no brasil só se for a esmagar plantinhas na amazónia para dar a emborcar aos índios do xingu e aos narcotraficantes lançados de helicóptero pelas máfias rivais. houve muita gente queimada por menos do que isto. e isto, que tem a ver com literatura? tudo. ou melhor, tem tanto a ver com literatura como o título do livro em apreço tem a ver com o seu conteúdo. a orelha de van gogh é um livro de contos. soturno, mordaz, ácido, como eu gosto. o conto que dá título ao livro não é dos mais interessantes embora meta ao barulho uma falsa orelha de celebridade encarquilhada em formol e eu para petisco até prefiro outros acepipes. seja como for, gostei imenso do moacyr e dos seus relatos, são um bálsamo para o meu universo particular, amigo do negrume e do sorriso desconcertante. além disso o autor escreve com a fluidez e o desprendimento que são apanágio da rapaziada de vera cruz [e penso tratar-se da primeira vez que se escreve apanágio neste blogue], impensáveis para os criadores em língua portuguesa que estão aqui no nosso rectângulo; aliás, como se sabe, para se ser escritor em portugal é necessário ser-se deprimido, falar de pechichés e sonhar com lutas no mato apimentadas por turras. ou gostar muito de sofrer. horrores. ou de escrever com o coração, sem se perceber que isso é uma chafurdice tremenda. para cardiotorácica basta-me a escrita cirúrgica do doutor scliar. o livro abre com um monumental conto em que uma família rural enfrenta as pragas do egipto, aquelas mesmas do antigo testamento. não a poluição das pirâmides, os souvenirs medonhos ou a condução anárquica do cairo. um mimo. não me perguntem por gramáticas, complementos, sufixos e figuras de estilo. limito-me a definir a orelha de van gogh em duas palavras: gostei. oops.

Forrageou ou não?

Primeira frase do romance Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez:

«Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que o seu pai o levou para conhecer o gelo.»

Primeira frase do romance Rio das Flores, de Miguel Sousa Tavares:

«Diogo Ascêncio Cortes Ribera Flores – conforme constava do seu registo de baptismo – tinha quinze anos de idade quando o pai o levou pela primeira vez a ver uma tourada.»

Também se faz a mesma pergunta aqui e a devida vénia a José Mario Silva.

domingo, 21 de outubro de 2007

Gabriel García Márquez comemora 25 anos do Prémio Nobel

O escritor colombiano Gabriel García Márquez, que este ano festejou o seu 80º aniversário e o 40º do lançamento da sua maior obra, «Cem Anos de Solidão», comemora hoje os 25 anos do Prémio Nobel de Literatura.

A 21 de Outubro de 1982, a Academia Sueca anunciava que o escritor premiado naquele ano era García Márquez, principal representante do «boom» da América Latina e o maior divulgador do realismo mágico na narrativa hispano-americana.

García Márquez era quem receberia o prémio em Dezembro, em Estocolmo.

O nome do colombiano mais conhecido e o único a receber um Nobel já tinha surgido entre os favoritos da Academia Sueca, tendo como concorrentes o britânico Graham Greene e o alemão Günther Grass.

O aniversário das bodas de prata do prémio soma-se aos 80 anos, completados a 6 de Março, num 2007 cheio de comemorações.

Fonte: sapo.pt (21-10-2007)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O Perdão dos Templarios



Comunicado de Imprensa
(da responsabilidade da Editora Zéfiro)

Face às recentes notícias divulgadas pela comunicação social, referentes à publicação pelo Arquivo Secreto do Vaticano do Pergaminho de Chinon e de outros documentos do processo de condenação dos cavaleiros templários, a Zéfiro chama a atenção para o facto de que o mesmo manuscrito já foi publicado em português há precisamente um ano, fruto de um trabalho notável de transcrição, tradução e estudo, na obra "O Perdão dos Templários".

"O Perdão dos Templários" é uma obra que foi lançada pela Zéfiro na Sexta-feira 13 de Outubro de 2006, 699 anos após a perseguição feita aos Templários em França em 1307 pelo Rei Filipe, o Belo. Na época, este facto causou tamanha perplexidade na Europa medieval que deu origem a uma superstição: a Sexta-feira 13 como sendo um dia aziago.

Sendo o resultado de um projecto inédito, a nível mundial, da editora Zéfiro, este livro toma como ponto de partida o Pergaminho de Chinon, um manuscrito encontrado na Biblioteca Secreta do Vaticano em 2001, e que indicia um "perdão secreto" dado aos templários pela Igreja, em 1308 - um ano após a perseguição feita aos cavaleiros. O manuscrito foi transcrito e traduzido pela Drª Filipa Roldão e a Drª Joana Serafim, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, directamente a partir do documento original, em latim medieval. A sua tradução, bem como a transcrição, são publicadas pela primeira vez na língua portuguesa. No interior da obra encontra-se uma cópia a cores da frente e verso do Pergaminho de Chinon.

O conteúdo do pergaminho foi alvo de um estudo atento e meticuloso de Pinharanda Gomes - renomado pensador e investigador português - que aborda um presumível perdão concedido aos templários na «inquirição de Chinon», o Concílio de Viena de França, a Bula Vox in Excelso e a revisão do processo dos cavaleiros do Templo.

Para além da investigação sobre o referido pergaminho, este livro contém diversas revelações, nunca antes publicadas a nível mundial, sobre a Ordem do Templo, bem como outros artigos sobre a história da Ordem desde os seus primórdios, o processo de condenação, a sua continuação em Portugal com a Ordem de Cristo, até às sobrevivências actuais do espírito templário.

Esta obra insere-se na colecção "Arquivos da Cavalaria", que teve o seu lançamento no Convento de Cristo em Tomar no dia 13 de Outubro de 2006.

Uma obra inovadora e de referência que irá, sem dúvida, ajudar a abrir novas portas para o estudo do Templo.

«Perdoados, absolvidos em Chinon; depois acusados, contraditórios, afirmando e negando, de nada lhes valeu, pelo menos em termos de justiça terrestre, a absolvição de Chinon.»
Pinharanda Gomes


«Salvo a honra e o respeito que devo ao soberano pontífice e aos cardeais que atestam as confissões do (grão) mestre, eu não posso crer que ele tenha confessado os crimes de que a Ordem é falsamente acusada.»
Padre Barthélemy de La Tour

Título: O Perdão dos Templários
Autores: Alexandre Gabriel, Eduardo Amarante, José Medeiros, Luís-Carlos Silva, Pinharanda Gomes, Rainer Daehnhardt, Sérgio Sousa-Rodrigues
Editora: Zéfiro
Dimensão: 17 x 24 cm
Nº de págs.: 274
ISBN: 972-8958-22-6
P.V.P. C/ IVA: 23,75 €
P.V.P. Sem IVA: 22,62 €
Colecção: Arquivos da Cavalaria
Categoria: Templários

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Lançamento de Livro

Lançamento do livro Codex Templi (Zéfiro), em Tomar, assinala os 700 anos do mandato de captura de todos os templários em terras francas, declarado por Filipe, o Belo, a 13 de Outubro de 1307.
O lançamento deste livro é acompanhado por um programa de actividades que visam assinalar a data e prestar homenagem a estes Cavaleiros que mudaram a face da Europa (e do Mundo) medieval.
O programa pode ser consultado aqui.

João Aguiar em Florença













A Voz dos Deuses de João Aguiar à venda numa Livraria em Florença...
Viriato o Hispânico...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Paul Auster

Amanhã, dia 4, entre as 12h00m e as 13h00m, Paul Auster vai estar na Livraria Bulhosa de Entrecampos, para uma sessão de autógrafos, única nesta vinda a Portugal para a apresentação do seu filme A vida interior de Martin Frost.

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