domingo, 2 de outubro de 2005

Reflexos do Riso sobre o Espírito e a Matéria


1ª Nota importante: Este é um texto atípico neste blogue, uma vez que o traço humorístico é a sua principal característica.

2ª Nota importante: Queremos agradecer à Escola Fedorentística, em particular ao R.A.P. e ao J.D.Q. pela inspiração.

3ª Nota importante: Este texto requer toda a sua atenção. Por isso feche todas as outras janelas da Internet que estejam abertas, excepto aquelas onde está a ver aquelas moças bem roliças. Essas não interferem.

4ª Nota importante: As notas não são assim tão importantes e podia ter começado logo a ler o texto.

O Texto

Portugal inteiro anda a falar de um certo livro; bom, não é bem Portugal inteiro, mas talvez aí umas 100 pessoas; ou talvez 50; bom… Eu e a minha mãe andamos a falar de um livro cujo título é “Reflexos do Espírito e da Matéria (ou do Buda, ou lá o que é)”.

Por acaso até fui eu que o escrevi.

Contudo, tenho de fazer desde já aqui um parêntese. De facto, não escrevi livro nenhum. Isto é, se alguém pensar que me sentei à secretária e disse “vou escrever um livro e tal”, e comecei a fazê-lo, isto não corresponde à verdade. A verdade é que reuni uma série de textos que foram seleccionados como sendo os menos maus, daqueles que escrevi ao longo de 5 anos, para um periódico chamado Lusophia.

Será interessante referir que muitos até foram escritos porque fui obrigado a fazê-lo. Interessante, também, seria encomendar um estudo a uma Universidade americana (uma vez que cá não temos pessoal qualificado para o fazer), que analisasse os textos, para saber quais tinham sido escritos por vontade própria, e quais tinham sido escritos por obrigação. No entanto, trata-se de um estudo totalmente inviável, pois iria necessitar de um enormíssimo rol de recursos humanos, cujo preço seria impraticável, mesmo para a América.

Mas por falar em obrigação, lembrei-me agora da quantidade de coisas que somos obrigados a fazer:

Somos obrigados a ir para a cama quando estamos a gostar tanto de ver o filme…

Somos obrigados a acordar de manhã quando estamos cheios de sono (devíamos ter ido para a cama mais cedo, pensamos. Ah, sim, estivemos a ver o filme, do qual nem vimos o fim, pois adormecemos entretanto)…

Somos obrigados a ir trabalhar e a enfrentar o trânsito quando preferíamos ir à praia…

Somos obrigados a sorrir para o nosso chefe ou patrão quando preferíamos esganá-lo…

Somos obrigados a sorrir para os clientes ou para os colegas quando preferíamos estar a sorrir para duas louras suecas, numa praia paradisíaca…

A obrigação é de facto aborrecida e é por ela que os putos ficam a detestar os Lusíadas e o Pessoa!

Assim, temos que aprender a lidar com a “obrigação” ou teremos de aprender a lidar com a “depressão” (não sei se isto é bem assim, mas pelo menos rimou).

Com isto, nem cheguei a referir muito o livro. Pelos vistos já só mesmo a minha mãe é que anda a falar dele… Talvez lhe peça para ela deixar aqui um post.

7 comentários:

Anónimo disse...

Exmo Sr. Luís-Carlos Silva,

Venho por este meio apresentar-lhe os meus mais sinceros parabéns, enquanto Grão-Mestre Ad-Vitam (e também Ad-Mortem) da Golden Gol pela seu novo estilo de escrita. O seu estílo cómico é extremamente interessante e fez-me esbocar um ténue sorriso - ainda que forçado - para ser sincero. Logo, isto é um fortíssimo sinal de que este é o caminho a seguir.
Quiçá se impusesse até um novo blog, a título de sugestão: porque não Lusophobia?

Despeço-me com os meus mais sinceros votos, como aliás o texto o demonstra, para o crescimento e expansão desta nova célula da contra-cultura portuguesa.

Gola Dourada
"Eu sou o Caminho, a Luz e a Verdade" - Jô Dassin - O Mestre, o amigo, o companheiro, o mago, o fanfarrão, o roliço, o "ganda maluo", o "cenas", etc.

Anónimo disse...

Quero agradecer a todos aqueles que fazem com que os nossos dias sejam realmente bem dispostos...!

Continuem.

El Mariachi disse...

Com todo o respeito, caríssimo, tenho para mim que se fosse tua mãe gostava mesmo era de te mandar uns estalos bem assentes nesse rabyósk! Como agora estás magro (ao contrário aqui do "pesado") e não tens rabyósk para "apalmatar", agarrava-me com ganas tais à minha neta pestanuda que a minha alcunha seria, ad eternum, Zé Craca!

Aparte tudo isto e o facto de, apesar de já ter lido os teus textos noutro suporte, ter-me parecido a primeira vez para alguns (terei eu lido algum de obrigação?), nunca consegui perceber essa cena das loiras suecas.

Bem disposto is whom bem disposto always been, Qués tu, bem visto está!

Lucas, pá, meu magrelo, gosto mais de ti que de favas com chouriço!

Um passou-bem ao anafadino da gola doirada!

Anónimo disse...

Prezado Sr. Mariachi,

Agradeço de sobremaneira o seu cumprimento. Porém, manifesto o meu desagrado pelo epíteto que me atribui, sendo este o de "anafadinho". Considero tal asseração como sendo, na sua essência, preenchida por um carácter sulfúrico e vilipendioso para a minha pessoa. A título de curiosidade, "anafado" é sinónimo de "luzidio", o que, tendo em conta a terminologia empregue no seio da Golden Gol, não deixa de ser um elogio caloroso e honroso para a minha pessoa.

Quanto à magreza que V. Exa. referiu no que concerne ao Sr. Luís-Carlos, creio ter encontrado a solução perfeito para o seu próprio "anafadamento", e que se resume a dois únicos - mas persuasivos - pontos:

1) Coca-Cola
2) McDonald's

Experimente Sr. Luís-Carlos e depois diga-me!...

Sem mais assunto de momento, subscrevo-me atentamente.

Gola Dourada

mahayana disse...

Os parabéns pelo livro!!!
Embora alguns já tivesse lido das Lusophias, a grande maioria não conhecia e gostei bastante.
Gostei sobretudo dos Reflexos do espirito, a forma com são feitas sinteses de temas que quando são procurados são trabalhados até à exaustão.
Assim considero que muito trabalho, confusões mentais e tempo são poupados a quem tiver o previlégio de ler este livro.
Espero ansiosamente pelo próximo!!!

Flávio Gonçalves disse...

Então, e para quando um livro "a sério"?

Luís Daehnhardt disse...

Como diria um moço que conheci em tempos idos: define "a sério"...

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